07 maio 2008

A princesa sem nome



Era tarde da noite quando uma fada veio me contar uma história
Falava de uma princesa que precisava de minha ajuda
Falava de sua tristeza
E de como, às vezes, nem mesmo ela a entendia

Olhando para a Lua perguntei à Deusa Mãe
Sobre a dor da princesa e o porquê de suas lágrimas
Olhando para a Lua deixei rolar uma lágrima
Sem saber os motivo pelo qual chorei

Guiado pelo luar sai em sua busca
E encontrei a torre onde ela escolheu “viver”
Como posso ajudá-la se não posso vê-la?
E a Lua me disse que eu deveria convencê-la a aparecer

Do lado de fora conheci melhor a princesa
E descobri uma garota pronta para pular de um abismo
Se acreditasse que sua dor desapareceria desta forma
Do lado de fora a convenci a olhar pra trás

Do lado de fora ganhei sua confiança
E quebramos juntos os muros da torre que nos separava
E finalmente vi uma garota linda e tão calma quanto a água
Do lado de fora ela me disse que eu não poderia tocá-la

Meu sangue me queimou por dentro
E sem saber o que fazer, perguntei a Grande Deusa
Como posso fazê-la feliz se não posso tocá-la?
Em silêncio a lua me disse para que eu usasse as palavras

Sentados sob o luar finalmente pudemos conversar
E entender mais sobre a dor que ela sentia
E eu também aprendi sobre o fogo que me queimava por dentro
Sentados sob o luar descobrimos que era saudade

Sentados sob o luar decidimos não mais nos fechar
E vimos que as saudades dos amigos distantes nos fariam prosseguir
Enquanto lembrarmos dos momentos juntos
Sentados sob o luar decidimos que seríamos mais do que eternos

Ela sorriu, olhou para a Lua e agradeceu a Grande Mãe
Sem dizer mais uma palavra me abraçou
Eu sorri, e nossas lágrimas ganharam o sentido mais lindo
Nas asas das fadas ganharam o céu e em nossos corações os frutos da verdadeira amizade

Felipe Gangrel para Rachel