Um quarto escuro, um garoto sentado no chão.
Sim, este sou eu
Abraçando meus joelhos, calado.
Esta figura patética sou eu.
Engolido e fechado dentro de mim mesmo
Sinto-me distante e vazio
Sinto duas confusas almas dividindo este corpo
Uma alma que ama
A mesma alma que criou um castelo de navalhas pra mim
Uma alma que teme
A alma que chora e foge pra longe dentro de mim
Ainda não acenderam as luzes e tudo fica mais frio
O silêncio me acalma e me domina.
Estou ficando louco?
Lembranças que eu fingia não ter
Saudades que eu fingia não sentir
Cada verdade que eu fiz mentira
Todas elas gritando ao mesmo tempo pra me acordar
Eu tenho medo de sair
Tenho medo de acordar e olhar nos olhos dela
Um quarto escuro, trancado por dentro.
Sim, fui eu quem o fechou
Abraçando meus joelhos
Este sou eu isolado por minhas próprias escolhas
Um vento frio, uma brisa
Um aroma que eu já não sentia a muito tempo
Está ficando mais claro, mais quente...
Posso abrir os olhos agora.
E até que não estava tão escuro assim
Não posso sair pela mesma porta por onde entrei.
Ainda está trancada
A luz ainda fraca revela as cartas que ela deixou pra mim
Ali, em baixo da porta
Fui eu quem não as vi, fui eu quem não abriu os olhos
Um grito! Meu nome
Sim, este sou eu
Abraçando meus joelhos, calado.
Esta figura patética sou eu.
Engolido e fechado dentro de mim mesmo
Sinto-me distante e vazio
Sinto duas confusas almas dividindo este corpo
Uma alma que ama
A mesma alma que criou um castelo de navalhas pra mim
Uma alma que teme
A alma que chora e foge pra longe dentro de mim
Ainda não acenderam as luzes e tudo fica mais frio
O silêncio me acalma e me domina.
Estou ficando louco?
Lembranças que eu fingia não ter
Saudades que eu fingia não sentir
Cada verdade que eu fiz mentira
Todas elas gritando ao mesmo tempo pra me acordar
Eu tenho medo de sair
Tenho medo de acordar e olhar nos olhos dela
Um quarto escuro, trancado por dentro.
Sim, fui eu quem o fechou
Abraçando meus joelhos
Este sou eu isolado por minhas próprias escolhas
Um vento frio, uma brisa
Um aroma que eu já não sentia a muito tempo
Está ficando mais claro, mais quente...
Posso abrir os olhos agora.
E até que não estava tão escuro assim
Não posso sair pela mesma porta por onde entrei.
Ainda está trancada
A luz ainda fraca revela as cartas que ela deixou pra mim
Ali, em baixo da porta
Fui eu quem não as vi, fui eu quem não abriu os olhos
Um grito! Meu nome
É ela! É ela lá fora, posso vê-la da janela.
Ela estava perto o tempo todo, eu é quem não podia sentir
Ela estava perto o tempo todo, eu é quem não podia sentir
Sinto vontade de chorar por não saber o que fazer ou dizer
E ela me mostra uma nova forma de viver
Ela toca meus lábios e me diz com a voz calma:
Por que não tentou apenas sorrir?
Felipe Gangrel para Luiza Souza